antonio berni

pro amigo esquilo. e pra menina que eu amo.
você, quando se despede junto ao amanhecer, entrega-me ao medo e eu, eu não sei mais como escapar de ser um menino que deixou suas aquarelas caírem no chão. não sou capaz de inventar outro alguém, só você e seus ombros nus onde repousam borboletas amarelas. és quem alcança minhas margens, formando redemoinhos que viram carrosséis e fazem da vida uma brincadeira de roda sem tempo pra acabar [lembra quando éramos nosso mundo? eu cantarolava cantigas enquanto acarinhava tuas costas; você sonhava deitada ao meu lado, e sorria] se eu não fosse esse homem trancado ao assombro de saber-te meu completo sentido, logo-logo seríamos arribação, sorrisos emigrando daqui pra acolá. posso sentir nossos pés molhados de chuva e o nosso coração batendo mais forte quando, espantados, descobrimos que as nuvens não são tão altas assim [poderíamos brincar de saltá-las ao final de cada tarde, quando o sol procura estrelas dentro do mar...quão felizes! quão felizes!] mas, eu sei de mim as minhas distâncias que tornam qualquer felicidade insuportavelmente irreal. só não quando você está aqui – aí, o céu respira. por que hoje você resolveu não estar?
você, quando se despede junto ao amanhecer, entrega-me ao medo e eu, eu não sei mais como escapar de ser um menino que deixou suas aquarelas caírem no chão. não sou capaz de inventar outro alguém, só você e seus ombros nus onde repousam borboletas amarelas. és quem alcança minhas margens, formando redemoinhos que viram carrosséis e fazem da vida uma brincadeira de roda sem tempo pra acabar [lembra quando éramos nosso mundo? eu cantarolava cantigas enquanto acarinhava tuas costas; você sonhava deitada ao meu lado, e sorria] se eu não fosse esse homem trancado ao assombro de saber-te meu completo sentido, logo-logo seríamos arribação, sorrisos emigrando daqui pra acolá. posso sentir nossos pés molhados de chuva e o nosso coração batendo mais forte quando, espantados, descobrimos que as nuvens não são tão altas assim [poderíamos brincar de saltá-las ao final de cada tarde, quando o sol procura estrelas dentro do mar...quão felizes! quão felizes!] mas, eu sei de mim as minhas distâncias que tornam qualquer felicidade insuportavelmente irreal. só não quando você está aqui – aí, o céu respira. por que hoje você resolveu não estar?
3 comentários:
se atrasou descendo as nuvens. há de ser isso, mas ela logo chega.
(adorei)
bjo
Lindo, sensível...e tão pesaroso (de saudade? Tristeza? Dor? Melancolia? Vai saber...)que a gente o sente - o pesar - ao ler...
Lindo...
Beijos...
Rapaz, que coisa bela!!!!
És um poeta que admiro muito!
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