.
I
dizem-no vagante,
um aceno perpetuado ao olhar de ninguém.
.
II
ajoelha-se em respeito ao desconhecido
porque um dia aprendera com seu pai.
.
III
e nas páginas esquecidas
de um velho caderno de desenhos
escapa-lhe, amiúde, o alvorecer.
sob o luar, o espantalho. busca no céu as estrelas azuis que aninha no bolso da velha camisa, enquanto sonha noites que aos seus ombros de palha trarão de volta pirilampos. e aos seus braços, a menina que numa primavera distante amanheceu-lhe girassóis.
Um comentário:
Há quem teça milagres com o infinito, e desenhem fios de auroras.
E há quem tenha entre os dedos uma poesia cadente assim. A sua.
Um abraço.
Katyuscia.
Postar um comentário