domingo, 5 de março de 2006

Miró
CANTIGA DE OLHOS D’ÁGUA
Quando chove
Na beira do rio
No meio da noite
E as estrelas cadentes
Apontam o rumo de casa
A menina sonha
A menina brinca
A menina sorri
Trazendo nas mãos
Um feixe de girassóis
O céu inteiro
Dentro dos olhos

6 comentários:

Cláudio B. Carlos disse...

Oi Douglas!

Gostei muito do poema. Sugere lindas imagens.
Abraços
*CC*

Anônimo disse...

e faço minhas as palavras do CC...
abraços

Bell... disse...

bom de se ler, como sempre...

ps-> amei o ultimo comentario n Faces, o melhor!

bjs*

Anônimo disse...

belíssimo, Douglas

saudações

Anônimo disse...

E quando ela pisca, as estrelas brilham?
E quando ela fecha os olhos, escuridão?
E quando ela te acaricia o rosto, vôo?
E quando ela te beija, sonho ou alguma ilusão?

E quando ela enxerga refletidas em teus olhos as estrelas que você enxerga nos olhos dela, é reflexo ou é teu olhar que brilha enchendo a noite dela com tua luz?


Porque ainda sempre uma terrível dúvida quanto à infinitude do universo?
Uma cigana talvez lhe revele um dia:
Ele é de todo seu,
E da menina que tem estrelas no olhar
Porque pode vê-las brilhar em você!

Oceânica disse...

Dói aquilo que ainda não sei.
Olho a menina,
e nela há toda uma ciência viva:
Pergunto-me: ao piscar, ainda vive a menina?