quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

noite - esmiuçadas, as cores fragilizam o instante. tudo que escapa ao peso do tempo aumenta cada vez mais o vazio das entranhas[estranhas são as formas do silêncio, sempre presentes naquilo que passou]

noite – luzes e cortes minuciosamente roteirizados. perdas e lástimas minimamente acalentadas pelas escoriações d’uma alma inquieta[incerta são as razões próprias da carne, sempre vorazes daquilo que ficou]


noite – o espantalho é incapaz de seguir adiante. embrutecido demais para ser retratado contempla a vida pelo medo, já amarelecida[aturdida, você não soube cicatrizar as amarguras do meu mundo isento de sons]

4 comentários:

Anônimo disse...

Somos nós próprios que temos que sarar as chagas....e da noite fazer dia,para apagar as sombras...encher o vazio.

Gostaria de agradecer a visita no link que ficou no meu espaço, mas não consegui deixar lá a notinha.
Que a alegria proporcionada seja transformada na mão que aquece e cura a chaga (das amarguras).
Beijinhos
teresa

Anônimo disse...

Blog novo! Comentarios novos ja vistos e remoidos, e o afastamento de sempre.
Ate quando? Me avise por favor se sera sempre assim, para entao tomar uma decisao. Um basta ou aprender conviver.

Anônimo disse...

quais serão as razões desta vida? elas existem? às vezes me encho de certezas, às vezes sou dúvida.
um beijo

Anônimo disse...

excelente o teu texto aqui, douglas. tua produção é aterradora, cara. 3 blogs!!!!

vou linkar este e o amores fúnebres no cárcere