não, a solidão destas tardes chuvosas e úmidas de verão é incapaz de conter a ausência tua, azul.
não, é-me danoso crer na cura dos males desse mundo tão estúpido e atarefado que nos amordaça, branco.
não, sou espantalho e sobrevivo quieto ao esvoaçar desenfreado do tempo que faz tudo tão distante, ocre.
não, é-me danoso crer na cura dos males desse mundo tão estúpido e atarefado que nos amordaça, branco.
não, sou espantalho e sobrevivo quieto ao esvoaçar desenfreado do tempo que faz tudo tão distante, ocre.
[minha matéria-prima é sonhar ensandecido o brilho inviolável dos teus olhos de menina, castanhos]
Um comentário:
Era o tempo passando num redemoinho de cores - nos azuis dos teus lábios, que roubei para mim -, era o tempo que já não agüentava mais ser passado para trás. Era a vida que girava confusa pelos nossos olhos - e nós, descrentes de tudo -, que passava rapidamente, e chocava e boquiabria os que prestavam mais atenção...
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