segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

cura ainda há
para o mundo lá fora
se não formos assim tão sãos
ante aos que nos bendizem
e aos que nos maldizem,

loucos além da medida
se não formos assim tão vãos e vaidosos
nas mentiras que nos sagram os dias turbulentos e
as noites vazias também.

cura ainda há
para o mundo lá fora
se não formos assim tão medrosos
diante daqueles que descrêem na gente
e soubermos no meio dessa dor que nos dilacera
no meio dessa dor que nos apequena e sutura o sol
plantar chuva, rabiscar sorrisos, ninar igarapés
desafortunar de todo a tristeza e
escutar o azul das estrelas de depois de amanhã


[a primavera mudou de endereço, aqui não podemos mais ficar]

2 comentários:

Anônimo disse...

A cura é, apenas amar!!!
Amar as coisas simples que a vida nos oferece, mas que tantas vezes passamos sem olhar. Encher o coração delas para que não sobre espaço para as outras!Depois....será sempre primavera em qualquer endereço!
Beijinho
teresa

Anônimo disse...

Obrigado pelo convite a este 'eu, espantalho'. nem preciso dizer que este poema era eu pra ter escrito :) por uma destas contingências do destino chegou em você antes
abraços
Rubens