preciso que me alimentem o avesso do medo
porque morrer aqui sozinho
é menos do que me cabe
sob o luar, o espantalho. busca no céu as estrelas azuis que aninha no bolso da velha camisa, enquanto sonha noites que aos seus ombros de palha trarão de volta pirilampos. e aos seus braços, a menina que numa primavera distante amanheceu-lhe girassóis.
Um comentário:
há muito não havia cor aqui
e tudo o que partisse o coração
seria motivo para admirar-se
mas hoje arremedou-se um medo terrível
de tudo que não se poderia esperar
e por mais que houvesse sorrisos e girassóis
sua alegria era outra
e por isso meu medo ainda maior
Postar um comentário