sexta-feira, 8 de setembro de 2006


eu era um homem silente
fingidor de esperança
fazinhador de ilusões
desenhador de palavras
insone poeta tristonho


mas você chegou
numa tarde qualquer
derramando felicidade
pelos teus cílios-noturnos-de-sonhos
onde repousam libélulas e minúsculas estrelas


mas você chegou numa tarde de setembro
trazendo aquarelas pintadas na alma
uma caixinha de música e girassóis
fazendo da minha vida
um lugar bom de viver



diz então
agora que
nada mais importa
agora que
tudo desabou
sem que eu pudesse escapar

diz então
como habitar
esse vazio
da solidão farta de ti
se é você quem ocupa esse amor
que não ousa abdicar de mim?

4 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

Sempre podemos escapar, o homem em si, diante dos tormentos de amor da vida.

Também gosto de ler você. Apareça mais vezes, tem orkut? me adicione por lá!

abração

m.t. disse...

É noite escura
e sobre as estrelas
eu peço por um pouco de ilusão
que a realidade se fez cruel demais
, tirou-me os meus sonhos
de dentro da minha caixa de memórias
e eu perdi sentido em viver.
Mas já não quer amanhecer
E em todo canto há breu
- sobrou dos sonhos
as estrelas cadentes
, todas que sumiram de mim.

Anônimo disse...

era o homem e depois o amor...
beijo,

Leandro Jardim disse...

Que coisa linda! E descreves um sentimento tão comum a todos nós, muito bom!