chuva.
ou melhor,
os sons e cheiros da chuva.
opero sonhos, em vão.
redesenho memórias
revisito paisagens
repouso minhas mãos sobre o peito
vazio.
eu, espantalho.
sob o luar, o espantalho. busca no céu as estrelas azuis que aninha no bolso da velha camisa, enquanto sonha noites que aos seus ombros de palha trarão de volta pirilampos. e aos seus braços, a menina que numa primavera distante amanheceu-lhe girassóis.
Um comentário:
olhos pingando estrelas,
mãos crispadas de tempestades,
presa na emboscada do teu reflexo,
na antessala de um ciclone,
eu, despedaçada.
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