quarta-feira, 11 de outubro de 2006

UM CANTO DE PRIMAVERA,
GUARDADOR DE MANHÃS

I
piruetas fazia
brincando entre as estrelas
tendo a lua ao seu dispor
era assim que o menino
inventor de auroras
desenhava palavras
colorindo poesias
com os pés descalços de chuva

II
mas eis que a vida cresceu
sem deixar espaço algum
para que ele pudesse crer
naquilo que sonhava
porque a felicidade
de fato não veio
e a vida estatelou-se
sob os olhos miúdos do sol

4 comentários:

  1. num piscar
    eclipse
    teu coração
    mudo e escuro
    claro e brilhante
    sorrindo miudezas
    partido entre as estrelas
    juntando-se a cada amanhecer

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  2. posso levar um poema seu pra lá?

    abraço

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  3. Psiiiuuuu....cuidado, a felicidade pode chegar...

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  4. Oi Douglas,

    Ah, mas pros sonhos, é preciso abrir espaços, delicadamente ou aos murros, aos dentes, que do contrário, a gente para com eles, não?....

    Beijos......

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